Máquina Analógica – 5 Passos para Fotografar!

Tem muita gente que diz que filme está ultrapassado, que a era digital já dominou tudo, porém, para saber fotografar no filme, precisa ser bom! porque a margem de erro é muito maior.

Mas quem ainda fotografa na Analógica sabe o gostinho que tem a ansiedade de ver se aquela foto deu certo ou não, a escolha do filme para montar a foto perfeita. A imperfeições dos grânulos do negativo, são tantas variáveis, que quem está habituado a fotografar no digital, quando vai fotografar com filme, tem aquela sensação de viver perigosamente, sem saber se o plano vai dar certo.

Se você tem curiosidade de fotografar no filme, confira nosso passo a passo!

Passo número 1: A escolha da Máquina Analógica

Na verdade é bastante óbvio que você precise de uma máquina, mas a pergunta correta é: Qual máquina?

Primeira opção: a velha Olympus da sua avó.

Não parece a melhor ideia do mundo. Nada contra a máquina, apenas colocamos por ser um modelo muito popular nos anos 90’s, tem diversas marcas inclusive inferiores.

Mas porque não ela? Primeiro porque ela não tem foco muito bom, você não consegue controlar. Segundo porque ela possivelmente deve estar com a lente suja, cheia de fungos, então será impossível limpar a lente sozinho, ou vai ficar muito caro.

Opção número 2: uma máquina nova zero quilômetro.

Elas existem? Onde moram? Como encontrá-las? Fácil, procure por Lomography na internet e confira os diversos modelos que a marca oferece. Mas esteja preparado para gastar uma pequena fortuna numa máquina de plástico que parece ser de brinquedo.

Tudo bem, mas qual a vantagem dela?

Primeiro que se pegar uma novinha, não terá problemas com fungos na lente.

Segundo, ela é muito simples, que qualquer humano com um pouco de conhecimento consegue fotografar com ela.

Terceiro, ela tem essa carinha vintage, e as fotos dela representam esse movimento lomográfico, e ficam realmente incríveis.

Quarto: opção maior de filme, mas essa eu explico no próximo passo.

Opção número 3: a máquina semi profissional do seu tio fotógrafo da família.

 

Se você tiver uma dessa a mão, tirou a sorte grande. Fica mais fácil controlar o foco, você consegue acertar o ângulo, a lente tem uma abertura maior, então você consegue trabalhar melhor a exposição, sem contar que em muitas delas, você tem aquelas opções de 100% manual, como nas máquinas profissionais de hoje. Essas sim são puro amor. Só vamos tomar cuidado com os fungos da lente, certo?

Opção número 4: Aquela Polaroid da adolescência da sua mãe.

 

O que queremos saber é: onde você vai encontrar filme para esta máquina tão ímpar? Não vai. Mas se encontrar, me avisa! Sem contar que a maioria delas era descartável, então não tinha muita opção de troca de filme. A solução é gastar uma média fortuna numa Fuji Intax nova, mas nem de longe o charme é o mesmo.

Passo número 2: o Filme

Bom, quando você escolhe a máquina, tem que se adequar ao filme dela. É nesse ponto que a Lomo vale mais a pena. Mas primeiro, vou explicar sobre os filmes.

Filmes de pequeno formato:

Super 8 é um pequeno formato usado na época que seus avós eram novinhos e faziam gravação no almoço de domingo. Se você gosta de uma película farfalhada, cheia de defeitos, esse é o seu formato. Difícil vai ser encontrar alguma câmera que aceite os 8 mm. Aliás, essa é indicada para FILMES, não faz foto. Mas como ela é linda, citamos aqui.

Filme 35 mm: Pequeno formato, e com certeza o mais fácil e barato disponível no mercado. Se você herdou alguma máquina, provavelmente ela é 35mm. Ela vem disponível em 12, 24 ou 36 poses. É mais fácil de se revelar e também de encontrar quem revele.

Filme 120 mm: Médio formato. Não é NADA conhecido. Apesar de ser muito usado em Campanhas Publicitárias nas décadas de 80 e 90. É um filme que tem um grânulo de maior qualidade, e o negativo dela também é bem maior. Como é um filme maior, ele tem menos poses disponíveis. Dependendo do tamanho do quadro que colocar em sua câmera, ele vai te dar 12 ou 16 fotos. Porém, existem filmes especiais, que não tem o papel protetor nas costas do filme (este é bastante usado na marcação das fotos, vale lembrar que não é toda máquina 120 mm que aceita esse formato) então sobra mais espaço no canister do filme para colocar mais fotos. O que praticamente dobra o rolo de filme.

Filme 135mm: Também médio formato, não se surpreenda se nunca ouviu falar deste tipo de filme. Missão Impossível encontrar uma máquina em bom estado que aceite esse filme é tão complexo quanto encontrar o tal do filme. Colocamos em lista para conhecimento geral mesmo.

Conforme expliquei no tópico anterior, uma das vantagens da Lomo, é que como ela é de plástico e de funcionamento extremamente simples, a própria Lomography te ensina a fazer “gambiarras” pelo blog deles, justamente para adaptar filmes de diferentes formatos na máquina. Porém, é muito mais indicado, que você compre os acessórios, que a Lomography disponibiliza na loja deles.

Um exemplo incrível de máquina Lomo, é a Diana F+. Ela é uma máquina de médio formato, porém, com um adaptador você consegue transformá-la numa máquina 35 mm. E como por um milagre, você troca novamente a back dela e ela aceita filme de Intax, transformando-a em uma pequena Polaroid. Lindo não? Sem contar que é possível trocar lentes, detalhe que elas geralmente são fixas, não não tem muito como trabalhar foco. Mas para quem gosta, tem lente fisheye, que é tudo de bom!

Passo número 3: O Filme (segunda parte)

Não é só o formato do filme que interessa. Se você entende um pouco que seja de fotografia sabe existe um negocinho chamado ISO. Bem, seguindo a lógica, quanto mais iluminado for o ambiente menor ISO programado na câmera. Quanto menos iluminado, maior o ISO.

Na fotografia analógica, o ISO chama-se ASA. Lembra quando a sua mãe dizia “ihhh, tá nublado hoje, melhor comprar um filme ASA 400!” Sim, porque se usar um filme de ASA não condizentes, ou a foto vai estourar e ficar muito clara, ou as fotos vão ficar escuras. Pense nisso antes de sair clicando por aí.

Bônus:

Sobre filmes vencidos. Tem problema fotografar com filme vencido? Sim e não. No geral é melhor fotografar com filme que esteja dentro da validade, porque o grânulo fica perfeito. Porém, se o filme for muito bem conservado (dentro do congelador é um lugar ótimo para isso, fica a dica) a diferença é bem pouca. Agora se ele não estiver muito bem conservado, na hora de revelar, a foto terá um aspecto velado, até fantasmagórico. Tem gente que gosta. A dica é, a cada 10 anos de filme vencido, tire 100 ASAs. Por exemplo, o filme está vencido desde 2006, é ASA 200, use-o em 2016 como usaria um filme ASA 100.

Passo Número 4: A iluminação

Como qualquer fotografia, seja digital, seja analógica, uma boa iluminação é imprescindível. Como você não vai conseguir ver como a foto saiu no visorzinho, certifique-se de que o ambiente está iluminado corretamente de acordo com a ASA do filme que está dentro da sua máquina. A diferença nesse caso, é que dependendo da máquina que você está usando, você não consegue trabalhar muito com as configurações da máquina em relação ao filme, por isso é tão mais complicado fotografar com a Analógica. O risco é mais alto.

Mas vamos combinar, fotografar no analógico, é uma delícia!

Passo número 5: A Revelação

Existem duas formas de se revelar um filme:

  • você paga alguém que seja especializado nisso para revelar.

O maior problema é: encontrar quem revela. Se você está fotografando em 35 mm, é um pouco mais tranquilo. Em óticas mais tradicionais ainda é possível revelar filmes de forma rápida e quase barata. Agora, se você estiver fotografando em 120 mm. Melhor optar pela forma número 2.

  •   você mesmo revela seus filmes.

Bom, além de ser mais gostoso, conceber a sua obra de arte, às vezes acaba saindo mais fácil, mais rápido e até mais barato. Primeiro porque se você fotografar com 120 mm, não vai ser fácil encontrar quem revele. Se você fotografar muito, vai acabar gastando uma fortuna com revelação. E quando o químico é usado de forma correta, não é muito complicado revelar.

Quem disse que a Lion Audiovisual não sabe fotografar em Analógica também? Somos extremamente completos em qualquer serviço fotográfico e estamos preparados para qualquer desafio! Conheça nossos fotógrafos especialistas em fotografia analógica e solicite um orçamento para uma sessão de fotos mais vintage e diferente de tudo que já fez na vida!


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Sobre a Autora:

Thais Costa – Redatora Lion Audiovisual –
Publicitária, fotógrafa, marketeira, cinéfila e também escritora. Cool, vintage e nerd também são a minha praia, mas sem areia, por favor!