Lollapalooza – Retratos de um Festival

O Lollapalooza foi semana passada, o público esperado foi de mais de 100 mil pessoas para três dias e meio (rolou uma noite especial só para donos de Onix) de festival. Eram 4 palcos, dezenas de bandas e DJs, muita música e muita, mas muita gente!

Hoje no blog da Lion, vamos falar do Lollapalooza com uma perspectiva diferente, um dos motivos para esse texto estar saindo uma semana depois do último dia do festival. Eu fui lá pessoalmente conferir os 4 dias de show, com uma missão, fotografar o festival sob uma perspectiva diferente. Vem com a Lion saber tudo sobre o Lollapalooza!

 

Lollapalooza numa ideia Vintage

 

Se você já acompanha os textos aqui do blog, já sabe que eu sou meio a louca da fotografia analógica, sempre tenho um rolo e uma máquina na bolsa. O Lollapalooza tem todo um esquema diferente da maioria dos festivais por aí, foi então que eu pensei, porque não fotografar o festival de uma perspectiva que ninguém pensou ainda? E porque não fotografar esse festival com uma perspectiva diferente, em 35mm?

A Lion é uma produtora Voraz, com ideias vorazes, a melhor forma de trabalhar o Lollapalooza, de forma diferenciada, seria fazendo retratos. Mas não retratos dos artistas, porquê isso todo mundo faz. Mas fazer retratos da galera, dos meus amigos, dos desconhecidos e até pessoas que eu tinha acabado de conhecer. Mostrar a vibe do Lollapalooza.

Claro que eu não fiz só fotos de retrato, como essa foto abaixo, mas todas as fotos que estão neste texto foram feitas por mim com uma câmera analógica.

Retratos Espontâneos

 

Durante todo o fim de semana, eu queimei 4 rolos de filme, totalizando 132 fotos. Quando falamos em cliques analógicos, essa é uma quantidade que beira o absurdo, afinal, a ideia contemporânea da fotografia analógica não é quantidade, é qualidade. É um clique que você pensa muito mais antes de fazer.

Os rolos usados foram: um colorido de 36 poses, um rolo em Redscale (como se fosse preto e branco, só que em tons de vermelho) de 36 poses, um preto e branco de 24 poses e um filme positivo (ele é colorido também, mas tem um processo de revelação diferente) de 36 poses.

Uma das melhores partes, é que no geral, a galera estava mais focada nos shows que estavam rolando, então a missiva maioria dos retratos, os retratados nem sequer perceberam que estavam na mira da minha lente, então muitos dos retratos foram expontâneos de verdade! Muito diferente da maioria da galera que fala “faz uma foto minha espontânea?!” E faz aquela cara de surpresa foto.

Colorido no Lollapalooza

 

A película colorida foi a primeira a ir pra minha câmera. Já logo na quinta à noite ela foi parar lá dentro, e acabou antes do meio do dia na sexta.

A primeiras fotos foram muito de reconhecimento do local, e onde rolou a primeira foto de um dos casais que estava comigo no grupo. Uma foto que até 5 minutos atrás, eles não tinham ideia que eu tinha feito.

Sobre o Redscale

 

O Redscale como eu disse é como se fosse preto e branco, só que em tons vermelhos. Ele nada mais é do que um filme invertido, por isso ele tem essa tonalidade em vermelho. O processo de revelação dele é em C-41, como nos coloridos normais.

Quando você tem muita luz no ambiente, o que era bem o caso do Lollapalooza, uma vez que o festival foi todo a céu aberto e fez muito sol, você consegue resultados no mínimo estonteantes! A parte chata é que eu dei azar de pegar um filme que não foi muito bem armazenado, então a maior parte das fotos ficou subexposta, mas tivemos muitas fotos boas de qualquer jeito. E teve até retratos meus uai!

Preto e Branco também faz sucesso

 

O terceiro filme a entrar na máquina, foi o Preto e Branco. Um Eastman Double X, foi colocado na metade do sábado. Com esse rolo, eu procurei fazer fotos mais conceituais, porque como eu sempre falo, fotografar em P&B não é só mudar a tonalidade, tem que sentir.

Ele também deu ótimos retratos, e por ter muita luz surpreendeu na granulação da escala de cinza. E as fotos dos casais ficaram ainda mais delicadas, diferente das no Redscale que ficaram mais agressivas.

 

 

Lollapalooza Positivo. Até no Filme

 

Para quem não sabe, os filmes em geral são chamados de Negativos. Isso desde sempre. Os primeiros filmes coloridos que saíram, foram chamados de Positivos ou Slides. Lembra na casa da sua avó que tinha aquele mino monóculo colorido com uma foto dentro? Aquilo lá é um filme positivo, porque você vê as cores reais, não os negativos como os demais formatos. O processo de revelação é diferente, porém, alguém descobriu que se você fizer a revelação cruzada, você tem tons verdes especialmente bonitos, que funcionam muito bem para retratos. Esse retrato aliás, é de uma menina desconhecida que conhecemos na hora.

Mas essa é outra história, o que você precisa saber é: as fotos deste bloco foram feitas com filme positivo e processo cruzado de revelação.

Dentre os 4 tipos de filme apresentados neste texto, meu preferido para retratos foi disparado o Positivo, bem por isso que eu deixei ele para o último dia.

E o seu? Qual foi seu preferido? Fala para a gente nos comentários! Se você tiver interesse por um ensaio diferente, criativo e vintage, entre em contato com a Lion, vamos adorar montar um ensaio especial com película 35mm. Se você for do Lollapalooza, entre em contato com a gente também! Além de trabalharmos com película em 35mm, temos diversas ferramentas para captação de áudio e vídeo, filmagem com drone, fotografia e muito mais! Vem com a Lion!

 


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Sobre a Autora:

Thais Costa – Redatora Lion Audiovisual –
Publicitária, fotógrafa, marketeira, cinéfila e também escritora. Cool, vintage e nerd também são a minha praia, mas sem areia, por favor!