Steadycam – como não usar

Ah a Steadycam! Conforme nós já falamos aqui no blog, a Steadycam é uma ferramenta muito usada para fazer cenas em movimento, mesmo em grandes produções, elas são muito necessárias, e resolvem muitos problemas, se você não sabe nada sobre Steadycam, clique aqui.

Hoje vamos trazer alguns exemplos estressantes que poderiam ter um aproveitamento melhor da steadycam. Chega com a Lion!

 

Trilogia Bourne

O filme é de ação? É.

É gente correndo o tempo todo? É.

O Matt Damon é bonito? É, mas isso é irrelevante. Foco no texto!

Você tem cenas eletrizantes que precisam de movimento. Sim!

Mas absolutamente nada justifica você abusar da boa vontade dos espectadores que tem labirintite, fazer o pessoal enjoar no cinema de tanto nervoso.

Real! Sim, é uma cena de perseguição atras da outra, a trama do filme traz nuances de conspiração, o Jason Bourne interpretado por Damon se encontra numa espécie de teoria da conspiração, está contra tudo e contra todos, não sabe em quem confiar, é um loucura.

O roteiro foi muito bem construído, e uma das técnicas usadas para prender o telespectador e deixa-lo tenso e totalmente desesperado pra saber o fim do filme. É basicamente esse, o uso da câmera nervosa em cenas de perseguição.

O problema é: o filme todo é uma louca perseguição. Então é aquela câmera chacoalhando o tempo todo. Imagina o seguinte, você está num lugar escuro, uma tela gigante de alta definição, o áudio do filme está no talo. Você praticamente se sente dentro do filme. Quem tem labirintite ou enjoa muito fácil, certamente vai passar mal durante o filme.

Ah Thais, você está exagerando! Duvido que alguém tenha saído do cinema e colocado a refeição pra fora no lixo mais próximo. Então, não estou exagerando. Claro que foram pouquíssimos casos e tal. Mas aconteceu. É, complicado. Vou contar fatos reais no próximo filme, por sinal.

Mas no geral, se não fosse pelo fato do filme dar enjoo e tudo mais, ele é muito bem roteirizado e foi bem avaliado pela crítica.

 

Guerra Mundial Z

 

Mas você já não falou desse filme? Não. Eu dei apenas um alô sobre.

O Guerra Mundial Z é um filme de muita ação, muita tensão e gente te perseguindo o tempo todo. O TEMPO TODO. O-T-E-M-P-O-T-O-D-O.

Eu tenho labirintite. Assim real. Nada grave. Eu vou à montanhas russas e não passo mal. Beiro a normalidade. Muito bem, fui ver esse filme no cinema.

Sessão 3D IMAX whiskas sachê no lava rápido de três andares Hot Wheels. (Se você não pegou a referência, clique aqui) Eram zumbis pra tudo quanto era lado, o coitado do Brad Pitt quase perdeu alguns membros diversas vezes. Uma correria maluca. Chegou um momento que eu achei que eu mesma fosse ser comida viva por um Zumbi.

Agora sem exageros, sai do cinema passando mal. Assim de verdade. Dirigir pra casa foi praticamente um parto. Tudo sacudia. Obviamente isso foi culpa da câmera nervosa, uma steadycam que já sacode normalmente, porque o câmera-man saia correndo com a câmera presa ao corpo fugindo dos zumbis também. E na edição foi adicionado mais movimento. Receita de sucesso para o seu estômago. É tanto medo, que dá até taquicardia.

 

Então não uso nunca uma Steadycam?

 

Claro que pode usar! A Steadycam é ótima, só traz benefícios e da muita muita liberdade as produções. Você só precisa usar com calma! Cenas de ação ficam incríveis com uma steadycam bem operada e dirigida. Quanto à isso não há discussão. Apenas foque em não deixar ninguém enjoado.

Sabe que produtora sabe usar a Steadycam com maestria, sem deixar ninguém enjoado? A Lion Audiovisual! Trabalhamos com profissionais capacitados e que conhecem a linha tênue entre uma cena de ação eletrizante e uma crise de labirintite. Confira nosso portfólio e solicite um orçamento!


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Sobre a Autora:

Thais Costa – Redatora Lion Audiovisual –
Publicitária, fotógrafa, marketeira, cinéfila e também escritora. Cool, vintage e nerd também são a minha praia, mas sem areia, por favor!